são mais vulneráveis à varíola dos macacos

Crianças

É preciso mobilizar esforços para conter a varíola do macaco, declarada emergência de saúde pública internacional pela OMS. Mas um público merece atenção especial: o das crianças.

Segundo a pediatra Bruna de Paula, o vírus monkeypox se aproveita do sistema imunológico imaturo e provoca casos mais graves, assim como ocorre com outras doenças. 

Em sua forma endêmica, na África, a doença também é mais severa em crianças. Esse padrão é observado por especialistas, com objetivo de compreender a disseminação global do vírus.

“Por não ser um vírus comum para nós, não temos uma memória imunológica por contato frequente, como a gripe, por exemplo. Por isso, há uma preocupação de como se espalhará na população”, disse Bruna.

Outro grupo que merece atenção é o das grávidas, justamente por serem mais vulneráveis ao contato com o vírus. O monkeypox pode ser transmitido para o feto e, posteriormente, pelo contato íntimo com o bebê.

A pediatra esclarece que, como ainda não há nenhum tratamento específico disponível no Brasil, o ideal é a proteção e a prevenção da doença em crianças. 

A médica conta que a varíola do macaco pode parecer com a catapora e que, por isso, pode gerar dúvidas nos pais. 

Bruna ainda lembra dos cuidados, já conhecidos, que também se aplicam ao monkeypox. “Se estiver doente ou com sintomas, evite visitar, ter contato próximo com a criança”, ressaltou.

Nésio Fernandes, secretário de Estado da Saúde, fez um alerta: “Não se trata de uma doença leve”.

De acordo com ele, há uma situação no Brasil de subdiagnóstico, pela baixa oferta de testagem pelo Ministério da Saúde e pela diminuição da percepção de risco de profissionais de saúde.

“Por isso, estamos atualizando novas notas técnicas, oferecendo cursos e atualizações nesta primeira quinzena de agosto”, destacou o secretário. 

Dúvidas sobre a doença

Texto: Felipe Sena
Design: Adriana Rios
Imagens: Shutterstock, Pexels, Freepik, Unsplash

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