A agência de medicamentos dos Estados Unidos (FDA) alertou para ocorrências de câncer associado a próteses de silicone para as mamas.
Ao todo, 20 casos de carcinomas, ou seja, tumores malignos foram relatados. Além disso, menos de 30 casos de linfomas inesperados na cápsula ao redor do implante mamário foram identificados.
O diagnóstico das pacientes veio anos após o implante. A agência destacou que não é possível mensurar a taxa de incidência ou mesmo os fatores de risco associados ao surgimento dos tumores.
De acordo com a FDA, os principais sintomas observados nos casos relatados foram inchaço, dor, caroços ou alterações na pele.
“Não temos informações suficientes para dizer se os implantes mamários causam esses cânceres ou se alguns implantes apresentam maior risco do que outros”, diz o comunicado.
A agência afirma também que um terço das mulheres que têm implantes vai sofrer com alguma possível complicação. E quase 60% precisarão de outra operação para resolver problemas com implantes.
“Metade sentirá um aperto doloroso do tecido cicatricial ao redor do implante, e um terço terá implantes que se rompem ou vazam”, diz a FDA.
Informações sobre a existência de possíveis problemas mais recorrentes que o câncer devem ser avisadas aos pacientes.
Entre os problemas estão hematomas decorrentes de sangramentos logo após a cirurgia, infecção da prótese, alteração estética, dor nas mamas e necrose de pele, entre outras intercorrências.
A FDA informou que não estava recomendando o “explante”, mas aconselha que os pacientes consultem um cirurgião ou especialista em saúde em caso de qualquer mudança anormal.
Imagens: Freepik e Shutterstock
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Texto: Júlia Paranhos
Revisão: Geraldo Campos
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