O ES pode ser afetado com a saída da Petrobras, por conta do programa de desinvestimentos, conforme avalia o Sindipetro-ES. O Norte do Estado, onde estão os campos terrestres, será o mais impactado.
Para o geógrafo e pesquisador Francismar Cunha Ferreira, a venda dos ativos da Petrobras no ES pode acarretar “impactos de diversas ordens”, inclusive com empregos diretos e indiretos.
Isso porque todos os negócios locais seriam afetados, segundo o geólogo que liderou a pesquisa do pré-sal, Guilherme Estrella. “Isso desfaz toda uma história de ampla inserção nas comunidades locais.”
Outro impacto seria a perda na arrecadação do Estado. Atualmente, a empresa repassa 10% de royalties de petróleo para o ES. Com a venda das unidades da Petrobras,esse percentual cairia para 5% a 7,5%.
Helder Salomão,
Deputado Federal(PT/ES).
“Temos tentado evitar o sucateamento e a entrega da Petrobras. É estratégico para o Brasil manter o controle da Companhia. Estamos entregando ativos importantes”
Para o diretor do Sindicato dos Petroleiros do ES, Etory Feller, a venda de unidades da Petrobras em todos os Estados tem fundamento na Política de Preços de Paridade de Importação (PPI)
O Preço de Paridade de Importação (PPI) é usado para calcular o preço dos derivados de petróleo e usa variáveis como o preço internacional do barril, a cotação do dólar e os custos de transporte.
De acordo com o Sindipetro-ES, o PPI contribui para as altas dos combustíveis. Segundo a pesquisadora do Ineep, Isadora Coutinho, o objetivo da Petrobras é focar apenas na exploração de petróleo.
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