combustíveis 

Entenda o aumento dos

Os aumentos constantes nos combustíveis têm transformado a ida ao posto para abastecer em um momento de tensão para motoristas.

Afinal, o preço da gasolina subiu 67,2% nas refinarias da Petrobras, e nos postos de revenda, 41,5%, desde o início de 2021, segundo o Dieese.

Ainda este ano, houve aumento de 64,7% nas refinarias, e 39,1% nos postos do óleo diesel. E o gás de cozinha subiu 48% nas refinarias e 35,8% nos pontos de revenda, desde janeiro.

Por outro lado, desde o início do ano, a taxa de inflação acumulada, medida pelo IPCA, ficou em 6,90% e, nos últimos 12 meses, em 10,25%. Já o salário mínimo não tem aumento real desde 2016

Nos últimos 5 anos – de outubro de 2016 a outubro de 2021 – as altas, nas refinarias, foram de 107,7% para a gasolina, de 92,1% para o diesel, e de 287,9% para o gás de cozinha

Esse período corresponde também à criação da Política de Preços de Paridade de Importação (PPI), usada desde 2016 para definir o preço da gasolina e de outros derivados de petróleo.

Criado em 25 de outubro de 2016, o PPI inclui no cálculo do preço variantes internacionais, como o valor do dólar, frente ao real, que desvalorizou 31% desde 31 de dezembro de 2019.

Também entram nessa política de preços os custos de transporte e a variação do barril de petróleo, que tem oscilado. No dia 26 de outubro, o valor cotado já era de US$ 83,65 (cerca de R$ 467,33).

Carla Ferreira, pesquisadora do Ineep

Segundo a pesquisadora do Ineep, a isenção do ICMS apenas reduziria preços até as próximas altas do petróleo ou dólar. E os Estados perderiam arrecadação para investir em saúde, educação e segurança.

“Zerar impostos e manter a política de preços é transferir a arrecadação de estados e municípios para o bolso de grandes acionistas. Não faz sentido.”

Valnísio Hoffmann, 
coordenador do Sindipetro-ES

Quer entender mais sobre o cálculo do preço dos combustíveis e as consequências para o país? 

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