Pesquisas eleitorais são alvos frequentes de críticas e questionamentos. É comum se deparar com números e gráficos, alguns com dados alterados, manipulados ou de pesquisas que nem existem.
Com a desconfiança recorrente, uma dúvida que sempre paira é: como saber se uma pesquisa é verdadeira? O Passando a Limpo, serviço de checagem de A Gazeta, foi atrás disso e te explica.
Bom, para começar, todas as pesquisas eleitorais, para serem divulgadas em ano eleitoral e terem valor legal, devem ser registradas na Justiça Eleitoral.
É isso que comprova que um levantamento foi feito por um instituto de pesquisa credenciado. O registro deve ser feito no TSE para pesquisas nacionais, e nos TREs para levantamentos regionais.
Para pedir o registro, os institutos de pesquisa precisam informar à Justiça Eleitoral quem contratou o levantamento e qual o valor pago por aquele serviço.
Além disso, devem informar:
• A metodologia da pesquisa
• Período de realização
• Plano de amostragem
• Intervalo de confiança
• Sistema de verificação
• Margem de erro
• Questionário que será feito
Todas essas informações são exigidas pela Lei 9.504/1997, que também traz regras para a divulgação dos resultados, como a necessidade de sempre ser informado o número do registro para conferência.
A consulta às pesquisas registradas na Justiça Eleitoral é feita pela internet. É possível selecionar pelo ano da eleição, Estado ou município de realização, ou filtrar pelo número da pesquisa.
Cabe destacar que a realização de enquetes ou pesquisas de opinião que não respeitem os parâmetros estabelecidos é proibida em anos eleitorais, por não serem pesquisas eleitorais verdadeiras.
Enquetes eleitorais também não têm valor de pesquisa e não podem ser divulgadas na imprensa, em redes sociais ou aplicativos de mensagens.
O motivo é simples, não há controle de quem responde a essas enquetes, logo, não é possível afirmar que aquele resultado retrata a opinião ou a intenção de voto de determinada população.
Quer saber mais sobre como são feitas as pesquisas eleitorais e entender sobre a metodologia? Clique abaixo e confira o vídeo.
Texto: Geraldo Campos Jr e
Natalia Bourguignon
Design: Geraldo Neto
Imagens: Freepik e shutterstock
Vídeos: Pexels