Considerados patrimônio capixaba, os chocolates Garoto mudaram de dono em 2002.
COMPRA NEGADA
A Nestlé comprou a Garoto há 20 anos, mas a transação acabou vetada pelo Cade dois anos mais tarde. O caso corre na Justiça desde então.
Para tentar encerrar a disputa, em 2016, o Cade chegou a aprovar um conjunto de diretrizes sigilosas que a Nestlé deveria executar, em prazo também confidencial. Ainda
não se sabe o desfecho disso.
REABERTURA DO CASO
Em meados de 2021, o Conselho determinou a reabertura do caso, que atualmente está em fase de admissão de recursos.
Apesar de a transação ainda
ser questionada pelo órgão antitruste brasileiro, desde
2002 é a Nestlé quem faz a gestão dos negócios.
De lá para cá, muita coisa mudou. A fábrica cresceu, novos chocolates chegaram e outros saíram de linha.
Chegou-se até a falar na venda do icônico bombom Serenata de Amor. Não aconteceu, mas o chocolate mudou de embalagem, deixando a versão “torcidinha” de lado.
A produção da caixa amarela de bombons cresceu mais de 30% e a fábrica também foi expandida, passando por modernização.
AUMENTO NA PRODUÇÃO
Os chocolates Talento, que já existiam no portfólio da Garoto desde 1993, ganharam novos sabores, como morango, maracujá, tiramisu e torta holandesa.
Por outro lado, o Alô Doçura, com embalagem roxinha, sumiu das caixas, e só retornou recentemente às prateleiras, mas em forma de tablete.
Outros chocolates queridinhos desapareceram, como é o caso dos bombons Mundy, que levaram até à criação de abaixo-assinado na internet, pedindo por seu retorno.
Texto: Caroline Freitas
Revisão: Amanda Monteiro
Design: Artur Quintella
Imagens: Acervo Garoto, Garoto/Nestlé (Divulgação), Amanda Monteiro, Daniela Martins (Arquivo A Gazeta) e Behance (Oswaldo Martinez Jr - Estudio Bê)
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