Após dois anos da aprovação do Novo Marco Legal do Saneamento (Lei no 14.026), o Brasil ainda possui 35 milhões de pessoas sem acesso à água tratada.
Além disso, 100 milhões de brasileiros permanecem sem acesso a coleta de esgoto, segundo o mais recente levantamento do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS 2020).
Mas não para por aí. Apenas 50% do volume gerado de esgoto é tratado. Ou seja, mais de 5,3 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento são despejadas na natureza diariamente.
No Espírito Santo, só Serra (50º), Vitória (53º), Vila Velha (71º) e Cariacica (86º), estão entre as 100 melhores cidades do país quando o assunto é saneamento básico.
Em muitas localidades, principalmente no interior do Estado, ainda é feito o despejo clandestino de esgoto. O Rio Doce, importante curso d’água para Minas Gerais e Espírito Santo, sofre com essa ação.
Para mudar esse cenário, a Fundação Renova tem desenvolvido ações compensatórias para revitalizá-lo. Entre elas, o Programa de Coleta e Tratamento de Esgoto e Destinação de Resíduos Sólidos.
A Instituição foi criada para reparar e compensar os danos provocados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais, em novembro de 2015.
“Cada real investido em tratamento de esgoto e saneamento resulta em quatro reais economizados em saúde pública e qualidade de vida”, afirma o diretor-presidente da Fundação Renova, André de Freitas.
Só no Espírito Santo, foram disponibilizados R$ 170 milhões em recursos compensatórios para Linhares, Colatina, Baixo Guandu e Marilândia.
Além do Consórcio Condoeste, para destinação dos resíduos sólidos, composto por 22 municípios capixabas. Até junho de 2022, R$ 12,5 milhões já foram repassados.
Ao todo, serão destinados mais de
R$ 710 milhões para 39 cidades mineiras e capixabas para obras de ampliação e adequação dos sistemas de tratamento de esgoto e destinação de resíduos sólidos.
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