A história da
santa que apareceu
em cima da rocha

A devoção a Nossa Senhora da Penha se confunde com a construção do Convento. Quando o frade espanhol Pedro Palácios chegou ao Espírito Santo, em 1558, trouxe um quadro de Nossa Senhora das Alegrias.

A veneração à santa já era uma tradição entre os franciscanos. O frei morava na gruta que hoje leva seu nome, próximo ao antigo portão do Convento, na Prainha, em Vila Velha.

Ele usava o quadro de Nossa Senhora das Alegrias para rezar com índios e moradores da região. E foi esse quadro que “indicou” o lugar onde o Convento seria construído. 

Reza a lenda que o quadro sumiu algumas vezes e aparecia sempre no alto do morro, entre duas palmeiras. As obras do Convento começaram em 1558 e foram concluídas quase um século depois.

Nossa Senhora da Penha foi o nome escolhido para a imagem enviada por Portugal destinada a ficar na igreja construída pelo frei sobre a rocha.

A imagem que veio de Portugal é a que está até hoje no altar da capela-mor do Convento, original de 1569. 

Com o tempo, ela
passou por restaurações
e mudou ao longo dos anos.
Inclusive, suas vestes já foram
azul e vermelho, como
Nossa Senhora das Alegrias.

Hoje, a imagem de Nossa Senhora da Penha traz consigo as cores azul, rosa e branco, que, em 1908, inspiraram as cores da bandeira do Espírito Santo.

Quem proclamou Nossa Senhora da Penha protetora da terra capixaba foi o papa Urbano VIII, em 1630.

Texto: Leticia Orlandi
Revisão: Fernanda Dalmacio
Design: Geraldo Neto
Imagens: A Gazeta e divulgação