como identificar crianças

superdotadas

Crianças superdotadas ou com altas habilidades têm capacidade de aprender muito acima do comum para suas idades. Geralmente, entendem de forma rápida e com menos explicações.

De acordo com o Censo Escolar 2021, o Espírito Santo conta com 1.270 estudantes com altas habilidades ou superdotação matriculados em classes comuns das instituições de ensino capixabas.

O ideal é que os superdotados sejam diagnosticados ainda na primeira infância. O teste SonR (não verbal) pode ser aplicado aos 2 anos e 6 meses. O Wisc, mais completo, é indicado acima de 6 anos.

E como saber se a criança tem ou não características especiais? Para avaliar o QI (Quociente de Inteligência), é preciso ser submetido a testes aplicados por especialistas.

Antes disso, é possível prestar atenção no comportamento
da criança. O primeiro passo
é observar se ela aprende
as coisas sozinha e se o seu desenvolvimento está acima
da média das outras crianças.

O QUE OBSERVAR?

1. A criança engatinha, anda e
fala mais cedo que o esperado.
Há casos em que começam a
falar aos seis meses e, com um
ano, já formam frases;
2. Vocabulário avançado para
a idade;

3. Criança mais persistente que as demais nas atividades que faz;
4. Memória avançada para a idade e mais facilidade para reter conhecimento;
5. Interesse precoce por leitura e busca por conhecimento;

6. Mais capacidade de manter atenção em atividades e conversas;
7. Interesse e habilidade acima da média com cálculos;
8. Interesses em áreas específicas como os dinossauros, universo e insetos;

9. Curiosidade excessiva;
10. Maior sensibilidade a estímulos sensoriais, como ruídos, odores e dores;
11. Comportamento de liderança e capacidade de tomar decisão a partir de reflexão;

12. Facilidade para aprender com seus erros e os dos outros;
13. Tem mais energia que as demais. Atenção porque o comportamento pode ser confundido com hiperatividade; 

14. Sensibilidade aos sentimentos e emoções;
15. Maior senso crítico;
16. Tendência ao perfeccionismo.

Mesmo após essas observações, é importante conversar com os professores e também com os pediatras para colher a opinião de profissionais. 

A partir dessa troca de informações, o passo seguinte é procurar um neuropsicólogo, responsável pela avaliação para superdotação.

Não há teste no Sistema Único
de Saúde (SUS). Em geral, os convênios médicos não cobrem. Nas universidades, a fila de espera é de três anos. No mercado, o laudo custa de
R$ 2 mil a R$ 4 mil.

No Brasil, é possível se informar no site do Conselho Brasileiro
de Superdotação (www.conbrasd.org) e no endereço da Associação Mensa Brasil (www.mensa.org.br). 

Texto: Isaac Ribeiro
Fontes: Damião Silva, neuropsicólogo;
Mariana Espíndola, neuropediatra
Revisão: Fernanda Dalmacio
Design: Artur Quintella
Imagens: Shutterstock e Freepik
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