O surto de varíola do macaco em
países da Europa e nos Estados
Unidos tem causado preocupação
sobre como identificar os primeiros
sinais da doença.
Assim como outras enfermidades, essa é passada para uma pessoa que entra em contato com fluídos de alguém infectado. Por isso, ficar isolado logo no início pode ser uma forma de evitar a transmissão.
Mas como saber se estou infectado e como proteger alguém próximo da doença?
Geralmente os sintomas iniciais incluem febre e também é comum que haja desconforto corporal, fadiga, dores musculares e dor de garganta.
Além disso, a pessoa infectada também desenvolve pústulas cutâneas (bolinhas na pele), que podem deixar cicatrizes visíveis.
Com o passar dos dias, a varíola do macaco também costuma causar inchaço dos gânglios linfáticos, tanto cervicais, maxilares, axilares e na virilha, o que não acontecia com a varíola humana.
O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de 7 a 14 dias, mas pode chegar a 21 dias. No caso da varíola humana,
a duração média é entre
10 e 14 dias.
Embora o vírus da varíola dos macacos se espalhe facilmente entre os animais, não tem alta capacidade de transmissão de animais para humanos.
A transmissão de humano para humano, porém, ocorre por contato próximo com material infeccioso de lesões de pele de uma pessoa infectada e por gotículas respiratórias.
A predominância de casos no surto atual e a natureza das lesões apresentadas sugerem que a transmissão ocorreu durante relação sexual, segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças.
Tanto na versão da doença humana, quanto no caso da varíola de macacos, o quadro clínico começa de forma semelhante, embora seja um pouco mais suave na varíola dos macacos.
Os casos devem permanecer isolados até a cura completa das erupções, evitando contato com pessoas imunossuprimidas e animais de estimação,
aponta o ECDC.
A abstenção de atividade sexual e contato físico próximo também é aconselhável até que a erupção se cure, e a maioria dos casos pode permanecer em casa com cuidados de suporte, diz o comunicado.
Não há tratamento específico para a doença. As medidas disponíveis são principalmente paliativas para os sintomas.
Prevenção:
A varíola humana foi erradicada graças à vacinação. Como o vírus da varíola do macaco, a forma de prevenção é a mesma.
Texto: Caroline Freitas
Revisão: Mikaella Campos
Design: PH Martins
Imagens: Unsplash
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