Coronavírus 

o que se sabe
até agora

Variante Ômicron:

Descoberta na África do Sul, a variante B.1.1.529 - ou Ômicron, como é chamada pela OMS -, apresenta um número extremamente alto de mutações (50). 

Tem potencial para se espalhar rapidamente, segundo o virologista Túlio de Oliveira, diretor do Centro para Resposta Epidêmica e Inovação na África do Sul.

Mais de 30 destas mutações são na proteína S (spike), através da qual o vírus se liga em células humanas para efetuar a invasão.

Segundo a OMS, até o momento (29/11) não se registrou nenhuma morte associada à variante Ômicron.

Países têm suspendido voos vindos de países africanos na tentativa de frear a disseminação da variante, que já foi confirmada em todos os continentes.

No dia 30/11, a Anvisa informou a identificação de dois casos da variante no Brasil: um casal de  brasileiros que moram na África do Sul e foram para São Paulo. Eles tomaram a dose única da Janssen na África do Sul.

No dia 1º/12, foi confirmado o terceiro caso da variante no Brasil: um passageiro da Etiópia que desembarcou em São Paulo no último sábado (27). 

Ele foi testado no aeroporto ao desembarcar no país, não apresentava sintomas e é vacinado com as duas doses da Pfizer.
No dia 02/12 foram confirmados mais dois casos da variante no Distrito Federal.

Há a possibilidade de a Ômicron facilitar a reinfecção da Covid-19.
Uso de máscara, distanciamento e ambientes ventilados ajudam a prevenir contra a contaminação por variantes como a B.1.1.529.

Sintomas são diferentes da Delta: cansaço, dores musculares, “coceira na garganta”, febre baixa (em poucos casos), tosse seca (poucos casos). 

As informações foram passadas pela médica sul-africana Angelique Coetzee, que atendeu a vários pacientes com a nova variante antes de ela ser descoberta. 

Até o momento, os infectados pela Ômicron apresentaram somente sintomas leves.

Ainda não se sabe se a variante é mais transmissível. De acordo com especialistas, um gráfico do jornal “Financial Times” mostra que o ritmo de transmissão da variante Ômicron é superior ao de outras, inclusive as já famosas, como a delta.

Porém, os dados se referem exclusivamente à África do Sul, onde é baixo o percentual de pessoas vacinadas. Não é possível dizer que o mesmo vai se repetir em países com outras taxas de vacinação.

Até o momento, não se sabe se a Ômicron apresenta resistência à vacinação, mas a Moderna afirmou que as atuais vacinas podem ser ineficazes contra a variante.

A OMS reforça que os imunizantes continuam sendo fundamentais para a redução dos casos graves e mortes, inclusive contra a Delta, a mais transmissível até agora.

As farmacêuticas BioNTech, Moderna e Johnson&Johnson anunciaram no dia 29/11 que já trabalham em vacinas contra a Covid-19 que terão como alvo específico a Ômicron, caso os seus imunizantes existentes não sejam eficazes contra esta nova variante.

Fonte: informações divulgadas
por G1,O Globo, Folha de São Paulo
e Agência Brasil

Texto: Redação A Gazeta
Design: Geraldo Neto
Imagens: freepik e unsplash
Vídeos: Pexels

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