A CURA ESTÁ
MAIS PRÓXIMA?

HIV

Um homem que viveu com HIV desde a década de 1980 foi curado, dizem seus médicos. Esse é apenas o quarto caso do tipo no mundo.

Créditos: Kevin Lamarque/Reuters (Agência Brasil)

A primeira vez em que isso aconteceu foi em 2011, quando Timothy Ray Brown tornou-se a primeira pessoa no mundo a ser curada do HIV.

Ele recebeu em 2007 um transplante de medula na Alemanha de um doador com resistência natural ao HIV.

TRANSPLANTE DE
MEDULA

O transplante não era para tratar o HIV, mas porque Timothy desenvolveu leucemia. Por coincidência, o doador era naturalmente resistente ao vírus.

Essa resistência se deve porque algumas pessoas, incluindo o doador, têm mutações CCR5, que fecham uma porta microscópica nos glóbulos brancos do nosso corpo por onde penetra o vírus do HIV.

Passaram pela mesma situação a segunda pessoa curada do HIV, Adam Castillejo, em 2012 e, agora, a quarta, um homem de 66 anos, que pediu para não ser identificado. 

O paciente foi monitorado de perto após o transplante, e seus níveis de HIV se tornaram indetectáveis ​​em seu corpo e permanecem assim há mais de 17 meses.

A terceira pessoa a ser curada do vírus foi uma mulher não identificada, em fevereiro de 2022. Ela, como os outros três, também foi diagnosticada com HIV e leucemia. 

Mas diferentemente deles, ela participou de um tratamento experimental que é indicado para uma parcela mínima das 37 milhões de pessoas com HIV no mundo.

Em agosto de 2017, a paciente recebeu sangue do cordão umbilical de um doador que possuía mutação genética capaz de impedir a infecção pelo HIV. 

Em paralelo, os médicos também utilizaram sangue colhido de um familiar próximo da mulher.

A paciente foi acompanhada durante todo esse período e, três anos e um mês após passar pela terapia, ela decidiu abandonar o coquetel antirretroviral.

Depois de 14 meses da interrupção na terapia medicamentosa, ela não apresentava mais nenhum sinal do HIV em exames de sangue.

Imagens: Shutterstock, Freepik,
Kevin Lamarque/Reuters (AGBR)
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Texto: Vinícius Brandão
Revisão: Fernanda Dalmácio
Design: Artur Quintella

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