Estar com o sono em dia
é fundamental para a saúde
e ajuda a evitar doenças.
Dormir pouco tem
efeitos a curto e longo prazo
que afetam a vida das pessoas.
Após uma noite de insônia,
sinais comuns no dia seguinte
são: déficit de atenção,
ansiedade, mau humor, humor
deprimido e desmotivação.
Além disso, o sono de má
qualidade pode predispor a pessoa
a doenças crônicas como o mal de
Alzheimer, diabetes, transtornos
metabólicos e alguns
tipos de câncer.
Os hábitos da higiene do sono são
um conjunto de comportamentos
que facilitam a capacidade de
dormir e permanecer adormecido
à noite. Eles não se reservam a
apenas condutas de momentos
antes de dormir.
A exposição à luz natural e às telas
digitais, o consumo de cafeína, as
sonecas, exercícios físicos, a hora
de jantar e uma rotina de
relaxamento são aspectos a serem observados.
A recomendação é expor-se ao sol
da manhã logo cedo e depois
durante a tarde o pôr do sol.
E à noite, evitar ao máximo o
contato com luz artificial.
Isso impacta no horário que
dormimos e acordamos.
Aos amantes do café, o ideal é
tomar até as 15h. Isso porque de
5 a 7 horas depois da ingestão, o
organismo terá eliminado apenas
metade da cafeína consumida.
A soneca da tarde pode ajudar
no foco e produtividade, mas é
preciso ter controle do tempo
dormindo. Uma boa soneca deve
durar de 10 a 20 minutos e não
deve ser feita depois das 15h.
Estudos mostram que fazer
exercícios físicos regularmente
aumenta a estabilidade do sono
profundo. Só que a recomendação
é evitá-lo até uma hora e meia
antes de dormir, porque gera
agitação no corpo.
O ideal é jantar até 2 horas antes
de dormir. Na digestão e absorção
dos alimentos ocorre o fluxo de
sangue em direção ao sistema
digestório. O cérebro precisa
desse fluxo durante o sono.
Sabe aquela última olhadinha nas
redes sociais antes de dormir?
Evite ela. Faça ela em até duas
horas antes de adormecer. Ela
inibe o sono. Assistir TV e jogar
videogame também atrapalham.
Antes de dormir, crie uma rotina
para desacelerar do dia: diminua
as luzes artificiais, tome banho
quente, leia um livro (uma história
mais calma, de preferência).
Comece duas horas antes
de dormir.
As informações e dicas são do
neurocientista Andrei Mayer,
professor do Departamento de
Ciências Fisiológicas da
Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC) e apresentador do
podcast A culpa é do cérebro.
Texto: Vinícius Lodi
Revisão: Geraldo Campos Jr
Design: PH Martins
Imagens: FreePik e Unsplash
Vídeos: Tenor