Grandes ameaças podem vir de
pequenos seres. Às vezes, invisíveis,
como vírus e bactérias. Dessa vez,
o motivo de alerta de médicos
e cientistas é um carrapato.
O carrapato-estrela (Amblyomma
cajennense) é o principal vetor de
transmissão da bactéria Rickettsia
que causa a febre maculosa,
uma doença grave que pode
levar à morte.
Se por um lado tirar o carrapato do
corpo o mais rápido possível pode
salvar uma vida, por outro, caso seja
removido sem o devido cuidado, ele
pode liberar bactérias e aumentar
o risco de contaminação.
Em entrevista ao portal Hz, o
infectologista Lorenzo Nico Gavazza
explicou que o carrapato é “parasita
de cavalos, bois e animais silvestres,
que cada vez é mais visto próximo
a ambientes urbanos”.
carrapato
Os sintomas da doença incluem
febre, dor de cabeça, manchas
vermelhas e paralisia. O tratamento
é com antibióticos.
Sintomas
febre
A medida de prevenção
mais eficaz e recomendada é
evitar contato com o carrapato.
Prevenção
Use roupas de proteção, repelentes
e examine o corpo após frequentar
ambientes rurais ou semiurbanos.
O carrapato precisa de 4 a 8 horas
na pele para transmitir a doença.
Use pinça para tirar o carrapato.
Se não tiver, algodão ou gaze servem.
Nunca utilize as mãos.
Extração
Puxe-o devagar com uma leve
torção. Se a boca do animal ficar na
pele, limpe a pinça e retire o resto.
Depois, nada de esmagar o
carrapato. Coloque ele imerso em
álcool ou em água com sabão.
Ao terminar o processo, lave bem as
mãos e todos os materiais usados,
como a pinça. Higienize também
a área picada com água e sabão.
E vale frisar que, mesmo fazendo
tudo isso direitinho, é necessário
ficar em alerta por, pelo menos,
15 dias depois do contato. Monitore
os sintomas.
Texto: Felipe Sena
Revisão: Weber Caldas
Design: Adriana Rios
Imagens: Shutterstock, Tenor, Unsplash, Pexels, Canva Pro