Dormir bem é uma tarefa que se
torna cada vez mais difícil na
medida em que envelhecemos
De acordo com pesquisas,
a falta de sono está ligada a
um risco aumentado de vários
problemas de saúde
e acúmulo de placas cerebrais ligadas à doença de Alzheimer.
depressão;
diabete;
ataques cardíacos;
pressão alta;
Alguns exemplos são:
Mas você sabia que também existem fatores biológicos por trás da insônia na velhice?
Cientistas dos EUA identificaram
como os circuitos cerebrais
envolvidos na regulação do sono
se degradam ao longo do tempo
em camundongos. Isso abre
caminho para melhores
medicamentos em humanos
Professores da Universidade de
Stanford decidiram investigar as
hipocretinas, substâncias químicas
importantes do cérebro que são
geradas apenas por um pequeno
grupo de neurônios no hipotálamo
Durante pesquisas e estudos,
os cientistas descobriram que as
hipocretinas transmitem sinais
que desempenham papel vital
na estabilização da vigília
Em um experimento feito com
camundongos jovens, com idades
entre três e cinco meses, e
camundongos velhos, entre 18 e
22 meses, foi usado uma luz de fibra
para estimular neurônios específicos
Eles registraram os resultados
usando técnicas de imagem e
descobriram que os camundongos
mais velhos perderam cerca de
38% das hipocretinas em
comparação com os mais jovens
Além disso, descobriram que as
hipocretinas restantes nos
camundongos mais velhos eram
mais estimuláveis e facilmente
detonadas, tornando os animais
mais propensos a acordar
Isso pode ser por causa da
deterioração ao longo do
tempo dos “canais de potássio”,
importantes interruptores
biológicos para as funções
de muitos tipos de células
Com os neurônios mais ativos,
eles disparam mais, e se
disparam mais, você acorda
com mais frequência
Mas
o que isso
influencia
no nosso
dia a dia?
Tratamentos atuais, como hipnóticos,
“podem induzir doenças cognitivas
e quedas”. Identificando o caminho
específico da perda de sono, podemos
buscar melhores medicamentos
e obter um melhor resultado
Um medicamento existente conhecido
como Retigabina, atualmente usado
para tratar a epilepsia, pode ser
promissor para o problema e já está
sendo testado em ensaios clínicos.
Texto: Gabriela Molina
Fonte: Agência Estado
Revisão: Geraldo Campos Jr
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