gordura dolorosa

CONFUNDIDA COM OBESIDADE

O que é a síndrome da

Ter pernas grossas e dolorosas nem sempre é sinal de obesidade. Apesar de ser muito confundida com a doença, o lipedema afeta a autoestima das mulheres e, muitas vezes, tem diagnóstico errado. 

Pouco conhecida pelos médicos, o problema é causado pelo acúmulo de gordura em regiões específicas, como braços, pernas e quadris. 

O lipedema é uma doença crônica progressiva, que atinge cerca de 5 milhões de mulheres no Brasil e 10% em todo o mundo. Geralmente, tem início
ainda na puberdade. 

Em janeiro deste ano, a Organização Mundial da Saúde incluiu o problema no CID 11, código mundial para classificação de doenças. 

As principais características do lipedema são dores frequentes nas pernas, quadris, braços e antebraços, que ficam grossos e desproporcionais em comparação com o restante do corpo. 

Existem dois tipos de tratamentos para a doença. Um deles é o clínico, que utiliza técnicas que amenizam a dor, entre elas, dietas anti-inflamatórias e exercícios físicos. 

O segundo tratamento é o cirúrgico, que remove as células de gordura por meio da lipoaspiração. 

Apesar de não existir exame específico para o diagnóstico, é possível estudar a distribuição corporal e descartar patologias confundidas com lipedema, como varizes ou problemas linfáticos.

O diagnóstico é dado a partir de informações que o especialista analisa sobre a paciente, ou seja, relato de dor, hematomas, dificuldade de perda da gordura, piora após momentos de mudanças hormonais.

Também há exame físico para analisar presença de pele fria, nódulos de gordura em braços e coxas, sinal do garrote no tornozelo e bolsas de gordura nos joelhos; além de exame de sangue.

A doença não é fatal, mas atrapalha a qualidade de vida da mulher de tal forma que pode desencadear distúrbios como depressão, obesidade, perda de mobilidade e baixa autoestima.

Não há tratamento gratuito para a doença no SUS ou pelos convênios médicos. 

Mas, afinal, homens podem ter lipedema? Apesar de raro, é possível que eles desenvolvam a doença, sim. 

Texto: Jaciele Simoura
Revisão: Fernanda Dalmacio
Fonte: ONG Movimento Lipedema e dermatologista Lyvia Salem
Design: Artur Quintella
Imagens: Shutterstock e Freepik
Vídeos: Tenor

Vejas mais webstories

+ WEBSTORIES

 [ Próximo ] 

gengiva doente agrava diabetes e alzheimer

Clique aqui