um risco para os jovens

cigarro eletrônico

Um dispositivo tragado pela
boca que cria uma fumaça branca
e densa, com ou sem cheiro.
Assim pode ser descrito o cigarro
eletrônico. No Brasil, também
é chamado de vape, pendrive
ou pod.

Como funciona?

É um dispositivo com o formato de
um cigarro convencional ou caneta.
É composto por uma bateria e um
recipiente onde é colocado um
líquido concentrado de nicotina. 

O líquido é aquecido e inalado.
Além da nicotina, ele contém
produtos solventes como água,
propilenoglicol, glicerina e
aromatizantes.

No início, esse tipo de cigarro era
comercializado como alternativa ao cigarro tradicional por parecer que tinha menor potencial para causar problemas pulmonares agudos.

No entanto, por causa da falta de
dados científicos que atestassem
sua eficiência, eficácia e segurança, ele teve a venda, importação e propaganda proibidas pela Anvisa em 2009.

Segundo o CDC, equivalente ao
Ministério da Saúde dos Estados
Unidos, quando a nicotina do vape
é aquecida a mais de 150ºC pode
liberar dez vezes mais formaldeído
que o cigarro tradicional.

O formaldeído é uma substância
com comprovada ação cancerígena.
Outros metais pesados também têm
sido encontrados no vapor liberado
e podem estar ligados ao material
usado na sua fabricação.

Estudos apontam que o aparelho
oferece risco porque gera partículas
ultrafinas que ultrapassam a barreira dos alvéolos pulmonares, atingem a corrente sanguínea e provocam inflamação. 

Nos países em que o vape foi
adotado, houve um aumento
da incidência de doenças
cardiovasculares na população
abaixo de 50 anos.

Em 2019, foi identificada pela
primeira vez uma doença causada
pelo uso do vape: a Evali, sigla em
inglês para doença pulmonar
associada ao uso de produtos
de cigarro eletrônico ou vaping.

Os principais sintomas de Evali são: 
• Tosse;
• Falta de ar;
• Dor no peito;
• Dores na barriga;
 Vômitos e diarreias;
• Febre;
• Calafrios;
• Perda de peso.
A Evali pode ser confundida com um quadro gripal. 

A doença pode causar fibrose
pulmonar, pneumonia e chegar
à insuficiência respiratória. Há casos
em que o paciente é encaminhado
à Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

O principal tratamento
é a suspensão do uso do cigarro eletrônico. É essencial buscar acompanhamento de um profissional da área da saúde.

Fontes:
• Com. de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia 
• Inca
• SBC
• CDC
• Anvisa

Texto: Isaac Ribeiro
Design: PH Martins
Imagens: Unsplash
Vídeos: Tenor

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