pode custar SUA vida

 arranhão

Como um

“Limpa bem esse machucado! Senão, vai infeccionar”. Quem nunca ouviu isso da mãe? Ela estava certa. O mesmo alerta pode vir de um médico e, em alguns casos, pode chegar tarde demais.

Esse foi o caso de Gustavo Amorim, 19, vendedor, morador de Viana. Em uma queda de moto, ele teve um ferimento leve no joelho. “Foi uma quedinha boba, como se fosse de bicicleta”, disse.

No dia, Gustavo chegou a ir ao médico e fazer uma limpeza. Segundo ele, nem de atestado ele precisou, por se tratar de um machucado simples. “Continuei trabalhando normalmente”, contou.

Semanas depois, o ferimento já era só um arranhão. E foi aí que Amorim se descuidou. Em um passeio, ele entrou na água de uma cachoeira. Segundo ele, foi lá que os problemas começaram. 

Um tempo depois, ele começou a sentir dores. Achou que tinha dado um mau jeito na perna. As dores ficaram mais intensas e Gustavo começou a ter problemas para se locomover.

O vendedor foi ao médico, que constatou a infecção e receitou antibióticos. Gustavo seguiu fazendo drenagens em casa, extraindo muito sangue e pus da ferida. Mas a dor piorou.

Depois de um desmaio devido à dor intensa, Amorim voltou ao médico, que encaminhou o rapaz para internação. Mas esse ainda não seria o final da angústia.

Durante a internação, Gustavo contraiu no hospital a bactéria KPC, que é resistente a alguns antibióticos. Especialistas a chamam de “superbactéria”.

Os médicos abriram o joelho do rapaz para retirar os líquidos. Um dia antes da alta, uma nova incisão foi feita na altura da canela para retirar mais líquidos decorrentes da infecção.

Ao todo foram 17 dias internado. Segundo médicos e enfermeiros próximos da família, o resultado poderia ter sido bem pior. Gustavo correu risco de perder a perna (e até a vida) por causa da bactéria.

A infectologista Polyana Gitirana fez alertas sobre os cuidados com ferimentos. Mesmo que pareçam simples, em casos mais profundos, o ideal é procurar um médico para avaliar a necessidade de sutura.

“Feridas mais superficiais, como escoriações e queimaduras, devem ser limpas com soro fisiológico pelo menos uma vez ao dia e mantidas fechadas”, explica Polyana.

A médica também lembrou que é necessário estar com a vacina antitetânica em dia, para evitar grandes problemas com pequenos ferimentos.

Outra dica importante é não remover as cascas e crostas dos machucados. Elas protegem os ferimentos. Além disso, removê-las pode abrir os ferimentos e deixá-lo exposto a bactérias.

Vale destacar que, em caso de sinais de infecção como dor intensa, vermelhidão, inchaço e febre, é preciso procurar um médico imediatamente. 

Texto e Design: Felipe Sena
Revisão: Amanda Monteiro
Imagens: Unsplash, Gustavo Amorim
Vídeos: Tenor

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