Em castelo, cidade ao Sul do Espírito Santo e de forte colonização italiana, as famílias oriundas do país europeu criavam animais para consumo próprio, entre eles o porco.
Do sacrifício do animal se extraía a carne, miúdos e banha. Deles se faziam vários produtos como linguiça e outros embutidos, mas conservar a carne era um desafio.
A opção disponível era fritá-la e depois guardá-la na própria gordura em latas.
Da fritura do toucinho e extração da banha se chegava ao torresmo.
Os pedaços fritos eram ensacados, rusticamente prensados entre duas pedras e a banha ainda quente escorria. Por muitos anos essa era a rotina de muitas famílias.
Mas o cenário começou a mudar quando perceberam que, prensando o toucinho ao extremo, a quantidade de banha obtida era muito maior.
O antes subproduto, atualmente é uma iguaria muito procurada, consumida e marca de castelo.
RESGATE E TRADIÇÃO
A chegada da energia elétrica contribuiu para que essa tradição familiar fosse aos poucos sendo substituída pelas facilidades da vida moderna.
Devido à produção de um documentário sobre o torresmo prensado, pessoas da cidade oriundas de famílias italianas perceberam a necessidade de manter a tradição em alta.
PRODUÇÃO E VENDA
Fazer o torresmo demanda tempo, força, fogo e muito toucinho. Para se produzir um quilo do produto são necessários outros dez toucinhos.
O torresmo prensado é facilmente encontrado nos comércios, açougues e pequenos estabelecimentos da cidade.
Quem faz ou já provou garante:
vale cada real pago!
fotos e vídeos:
Instagram Casa do Torresmo/Reprodução
Erik Bandeira/Divulgação, Pexels, Unsplash e Freepik e Mixkit
texto:
Murilo Cuzzuol
design:
Adriana Rios
roteiro:
Erick Tagliari
revisão:
Darshany Loyola