Com 175 anos de fundação, a construção do Casarão do Centro, no interior da cidade de Castelo, no Sul do Espírito Santo, possui peculiaridades e fatos curiosos da história capixaba.
O espaço possui 42 cômodos com 79 janelas, e abriga uma capela, um centro cultural com espaços para eventos, biblioteca e memórias dos castelenses.
Confira as curiosidades do casarão histórico
Um fato curioso da fazenda era a existência de uma banda de escravizados.
Música
E depois da abolição, uma banda de libertos. Conforme os jornais locais, essa banda se apresentava nos principais eventos políticos da região.
A fazenda do centro chegou a ter aproximadamente 600 escravos que produziam café, arroz e outros gêneros agrícolas, como cana-de-açúcar.
Triste cenário
da escravidão
Com a abolição da escravatura em 1888, seguida da crise do café anos depois, o local entrou em decadência.
Liberdade e falta
de administração
Sem recursos para tocar a fazenda, o local foi vendido para o religioso Frei Manuel Simone.
A propriedade passou a ser abrigo dos frades agostinianos, que transformaram a fazenda em um seminário na formação de jovens religiosos.
Após a compra do imóvel, o espanhol Frei Manuel Simón, viu a necessidade de ampliar o número de paróquias e assentar famílias de imigrantes italianos.
Núcleo colonial e divisão de terras
A fazenda, então foi dividida. Com o passar dos anos ocorreram novos loteamentos e doação de terras, além de invasões, reduzindo consideravelmente a extensão da propriedade.
Importante meio de transporte, principalmente de cargas na época, a ferrovia também teve reflexo sobre a fazenda do centro.
Ferrovia era esperança
Na esperança que a linha passasse pelo território da fazenda, uma então chegou a ser erguida na propriedade.
Mas, a estrada de ferro só foi até ao que conhecemos hoje como o centro de Castelo.
Fotos:
Fernando Madeira
Mosaico Imagem/Acervo do Instituto Frei Manuel Simón
Arquivo da Província de Santa Rita de Cássia, Ribeirão Preto, SP
design:
ADRIANA RIOS
revisão:
DARSHANY LOYOLA
roteiro:
BRUNA TAGLIARI